Felicidade...



Eu cresci tanto de 2010 para 2014 que talvez não me reconhecesse se encontrasse meu eu do passado. Não que eu não pareça fisicamente com quem eu era, acho que minha aparência mudou muito pouco nesse tampo (ou quase nada). Mas tudo o que eu fui, como eu me via, como eu via o mundo... Tudo está diferente desde então.

Nesse período eu aprendi uma coisa muito importante para minha vida. Eu aprendi como ser feliz.



Eu costumava ser uma daquelas adolescentes esquentadinhas (esse povo de Áries, viu...) ou muito depressivas, e minha família não ajudava muito já que minha mãe e meu irmão disputavam para ver quem ganhava o prêmio de melhor reclamante.

Por muito tempo eu ligava o botão do "foda-se" (desculpem a palavra, mas ela é a que melhor expressa o que acontecia) e ia tocando a vida. Mas agora não, acho que aprendi a lidar com tudo ao meu redor. Agora eu não me estresso mais por coisa desnecessária, não fico triste por gente que não merece e não me preocupo mais com o que os outros pensam ou deixam de pensar.

Acho que foi exatamente isso que me fez mudar. Eu parei de olhar para os outros e olhei um pouco mais para mim, não de uma maneira egocêntrica, mas de modo a me encontrar, descobrir que eu era de verdade e o quanto estava feliz ou não sendo quem era.

Eu não acho que somos capazes de nos conhecer completamente, mas com certeza conseguimos uma boa parte. E essa parte escondida no meu ser me ensino a ver a vida de maneira diferente. Não era mais aquele olha adolescente (ou infantil), nem aquele desejo de julgar a tudo e a todos (que muitas pessoas têm por ai). Era uma maneira mais branda de ver o mundo e achar nele motivos para sempre sorrir.

No que eu melhorei nesses anos?

Eu parei de reclamar de coisas sem sentido e que faziam mal a mim e aos outros ao meu redor. Eu aprendi a gostar mais de quem eu sou, mesmo achando que existam coisas que possam ser melhoradas. Com isso, aprendi a diferenciar as críticas das pessoas e apenas aceitar aquilo que era digno. Aprendi a sorrir com coisas pequenas e que antes não tinham tanto valor. Aprendi a parar de criticar as pessoas baseada em meus próprios valores. Aprendi a me importar mais com momentos felizes do que com os de raiva ou tristeza. Aprendi a aproveitar as pessoas ao meu redor. Aprendi que todo mundo precisa ficar sozinho às vezes e isso não é um problema.

Claro que eu continuo humana e muita coisa vem sem eu notar (e depois eu me castigo mentalmente por ter sido tão detestável - e isso acontece com pensamentos também), mas eu busco sempre melhorar e fazer meus momentos e o dos outros mais alegres.

Mas é assim.Um passo de cada vez. E aos pouquinhos os dias ficam mais e mais felizes.


Ei, ei, ei! E você ai? Tem alguma coisa em especial que te deixa feliz? E você já se pegou pensando no quanto mudou? Cooooomenta ai :D vou adorar conhecer um pouco mais de vocês.

Beijocas e até mais!

4 comentários :

  1. Oie! Então, adorei seu post. Sério, me identifico muito com discussões sobre felicidade ^^ Amo esse sentimento! Então, já que pediu, vou compartilhar um pensamento meu sobre isso:
    Eu sempre costumei dizer que eu não SOU feliz. Eu gosto de dizer que eu ESTOU feliz. Para mim, tudo passa com o tempo (vi Lucy, tô inspirada). Obviamente, eu não estou feliz todo dia. Às vezes estou triste, outros zangada,... Então acho que não posso me apossar desse sentimento tão radicalmente XD Gosto de procurar pela felicidade em cada coisa, em cada pessoa para que algum dia, eu posso finalmente me apossar desse sentimento de vez.
    Então, é isso. Espero que goste.
    *aguardando outros posts*
    =D

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    1. Hey, Baby o/
      Fico feliz que gostou e que se identificou.
      Eu ia colocar o que você disse no meio do texto também, mas tinha ficado um tanto quanto aleatória, mas aqui vai o que eu penso: o ser humano está sempre em um estado "neutro", e às vezes ele varia de sentimento, sentindo alegria, tristeza, raiva, amizade... Mas normalmente volta para o estado neutro (só que afetado pelo último sentimento mais intenso). Não acho que um dia possamos ser totalmente felizes, mas acho que nosso estado neutro pode ser bem mais confortável.

      Obrigada por comentar :D beijocas e até mais.

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  2. Anna, que nome lindo! :3 hahahah
    Mas sério, quantos anos você tem? Não precisa responder, é que seu coração é daqueles antigos, eu sei bem... Muita sabedoria nas suas palavras, entendo completamente o que você diz. A gente constuma se deixar levar por esse sentimento de chateação, de intransigência que tá sempre à mão, pronto pra ser usado. E fica alimentando o troll da raiva, até se tornar uma pessoa que nem nós mesmos aguentamos. Você me lembrou tanta coisa que eu mesma também aprendi no decorrer da vida!
    Num livro que li, havia uma frase que dizia que não devia se condenar alguém pela bebida, porque ele podia estar fugindo de uma realidade muito mais vergonhosa que a embriaguez. E que não devia se condenar alguém por mentir. Talvez o seu mundo fosse muito pequeno pra seus sonhos. Foi uma das primeiras vezes que me foi ensinado a não julgar os outros com base nos meus valores.
    Além disso, seu texto me lembrou tanto, tanto, tanto um filme chamado A Outra Face da Raiva, que é um dos meus filmes favoritos, em que a personagem principal é uma mulher abandonada pelo marido, e que vive zangada com tudo e com todos, sendo ácida e irritante. E a personagem da filha caçula dela diz o seguinte no final do filme:
    'As pessoas não sabem amar. Elas mordem ao invés de beijar. Elas batem ao invés de acariciar. Talvez porque elas percebam que é fácil o amor se deteriorar, se tornar de repente impossível... impraticável, um exercício de futilidade.
    Então elas o evitam e buscam consolo na angústia, e no medo, e na agressividade, que estão sempre à mão e disponíveis. (...)
    A raiva e o ressentimento podem parar você nas suas trilhas.
    (...) Não é preciso nada para fazê-los queimar, além do ar e da vida que engolem e sufocam. (...) É real, entretanto – a fúria, mesmo quando não é.
    Ela pode mudar você. Transformá-lo... moldá-lo em algo que você não é.
    A outra face da raiva, então... é a pessoa que você se torna. Com sorte, alguém que acorda um dia e percebe que não está com medo da jornada; alguém que sabe que a verdade é, na melhor das hipóteses, uma história parcialmente contada.
    Essa raiva, conforme cresce vem em surtos e convulsões, e no seu rastro, deixa uma nova chance de aceitação, e a promessa de calma.'

    Esse texto me fez me identificar MUITO comigo mesma, e me reavaliar, e acho que possivelmente você também se identifique muito com ele.

    Belíssimo texto, xará, parabéns. Você escreve bem pra caramba. E um deleite de sinceridade.
    Blog curtidíssimo e seguidíssimo! :)

    Por um Livro na Vida

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    1. Lindo o seu nome também *-* hehehe
      É mais fácil para as pessoas alimentarem sentimentos negativos, do que buscar maneiras novas de ver as coisas, como se apenas seguissem o fluxo da vida e fossem com ele... (Ninguém gosta de trabalho de mais, né? hehe)
      Acho que o julgar não está apenas nessas situação que são mais "visíveis", mas quando alguém julga outra pessoa por ela andar com roupa tal ou gostar de fazer uma coisa que não são "aceitáveis" no ponto de vista que quem está julgando. São pequenas coisinhas do dia a dia que vai matando a felicidade (sua e dos outros) e as pessoas nem percebem.
      Ainda não assisti a esse filme, mas agora com certeza está na lista ;D

      Muito obrigada, fico feliz que tenha gostado! *-*
      Estou seguindo seu blog também e logo passo para comentar.

      Beijocas e até mais.

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