Resenha - Deixe-me Entrar

Olá, pessoal! Como estão todos? A resenha de hoje é de uma história que queria ter lido há algum tempo já. Comprei o livro lá em 2016 e decidi que leria nesse iluminado ano de 2018. Aqui está minha opinião sobre Deixe-me Entrar:

Deixe-me Entrar - Letícia Godoy
Editora: Arwen
Páginas: 356
Nota: 3
Julianne Ipswich cresceu confinada no internato Le Rosey, afastada de sua família com o pretexto de receber uma educação de qualidade. Este fato sempre a incomodou e o maior desejo de Julianne era descobrir a verdade para que a família tenha a afastado, uma vez que não ficou convencida de que a preocupação com os seus estudos seria o único motivo.
Ao completar 15 anos, ela retorna para Stone Forest, a cidade de seus pais, e, aos poucos, acaba descobrindo mais do que gostaria de saber.
Cercada por muito mais perigos e desafios do que ela jamais pôde imaginar que surgiriam em sua vida, Julianne precisará desvendar os mistérios de seu passado e preparar-se para os desafios do futuro rapidamente se quiser sobreviver. As vozes se misturam, os olhos sedentos nunca param de espreitar e o perigo está onde ela menos imagina. Será que Julianne conseguirá enfrentar tudo isso?

Julianne acaba de sair do internato e está voltando para casa. Sua ida para longe ainda a perturba, e, além de buscar entender o porquê dos pais terem se afastado dela por tanto tempo, tem que assimilar o que descobriu assim que saiu do Le Rosey: Vampiros existem. Ao chegar em casa, porém, descobre que está mais inserida no mundo vampiresco do que poderia imaginar. 

Segundo Letícia Godoy, Deixe-me Entrar é uma história criada a partir de fakes de crepúsculo, da época do falecido Orkut. Eu julgo essa informação importante, principalmente pela forma que a autora decidiu construir sua narrativa. 

No livro, conhecemos inúmeros personagens, mas dois são os mais importantes: Julianne e Gerard, que são ligados pelo passado e se envolvem no presente em meio a tanto mistério. A história principal gira ao redor dos dois, das descobertas de Anne e seu passado, e Gerard e sua vida de vampiro. 

Acho interessante histórias com muitos personagens, principalmente por estar bem acostumada com fantasia e aventura (que são gêneros que costuma aparecer muita gente), mas não achei que a autora soube construir direito a trama em cima deles. A história ficou um pouco corrida no começo, mostrando muitos personagens e situações que não eram necessárias para o desenvolvimento do livro. Além de que fica aquela sensação de que o livro quer tratar de muita coisa, e perde o foco da história principal. 

Fiquei com a impressão de que o livro parecia uma fanfic interativa, com muitos personagens para pouca história, onde todos precisam aparecer para cumprir tabela.

O livro foi escrito em terceira pessoa, o que foi uma boa escolha para poder mudar tanto de ponto de vista sem que a leitura ficasse tão caótica (o que sinto em muitos livros com vários narradores e que isso não influencia tanto na história). Achei o círculo principal de personagens bem interessante, cada um com sua história e espero que cada seja melhor explorado no próximo livro, para o leitor poder se aproximar ainda mais de cada um. 

Achei interessante a visão da autora do mundo vampiro e como ela o cria com coerência, tornando-o quase real. 

Por mais que ache que a autora tenha muito o que melhorar na história, eu particularmente gostei da trama principal, mesmo que o livro mude muito o foco. Achei interessante a ideia e com muito potencial. Mais para o final do livro, a narrativa foca mais em Anne e Gerard e nos personagens mais próximos, o que permite o leitor se aprofundar e identificar mais com a história. 

 Apesar do que disse anteriormente, achei a leitura agradável. Gostei da descrição da autora e de seus personagens. Espero que no próximo livro sejam melhor colocados. 

Uma leitura recomendada para quem gosta de histórias de vampiros, bruxa e magia. 

Sobre a autora

Letícia Maria de Godoy nasceu em 13 de fevereiro de 1994 na cidade de Curitiba, no Paraná, porém cresceu em Siqueira Campos, onde descobriu, sentada sob as sombras da casa onde morava, o seu gosto pela leitura. Aprendeu a ler e escrever aos 4 anos de idade, tendo como primeira professora sua mãe, e aos 8 anos começou a escrever seus primeiros contos em restos de cadernos escolares. Desde então, nunca mais parou. Aos 17 anos passou no vestibular para ingressar na faculdade de Letras, um sonho que se tornou realidade. Aos 18 anos, publicou três contos na antologia intitulada Pontos da Vida, sua primeira aventura no ramo da literatura. Atualmente dedica-se a escrita de romances, a revisões textuais e pesquisas no ramo da linguística aplicada.




O que acharam da resenha? Já conheciam o livro? Deixem aí embaixo seu comentário! 
Beijinhos e até!


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Resenha - A Garota Perfeita


Quem não ama um bom thriller? Ano passado, esse foi o gênero que eu mais busquei ler. Eu sou uma pessoa que compra livro pelas capas e gostei da de A Garota Perfeita, então resolvi me arriscar. E o que eu achei? 



A Garota Perfeita - Mary Kubica
Editora: Planeta
Páginas: 336
Nota: 3
Skoob
Mia, uma professora de arte de 25 anos, é filha do proeminente juiz James Dennett de Chicago. Quando ela resolve passar a noite com o desconhecido Colin Thatcher, após levar mais um bolo do seu namorado, uma sucessão de fatos transformam completamente sua vida.
Colin, o homem que conhece num bar, a sequestra e a confina numa isolada cabana, em meio a uma gelada fazenda em Minnesota. Mas, curiosamente, não manda nenhum pedido de resgate à familia da garota. O obstinado detetive Gabe Hoffman é convocado para tocar as investigações sobre o paradeiro de Mia. Encontrá-la vira a sua obsessão e ele não mede esforços para isso.
Quando a encontra, porém, a professora está em choque e não consegue se lembrar de nada, nem como foi parar no seu gélido cativeiro, nem porque foi sequestrada ou mesmo quem foi o mandante. Conseguirá ela recobrar a memória e denunciar o verdadeiro vilão desta história?

Desde o começo do livro, somos inseridos em dois tempos da história: o passado e o presente. A autora escolheu dar voz a três narradores (a mãe de Mia, o detetive Gabe e Colin), desta forma, temos uma visão bem ampla dos acontecimentos, sejam eles vistos pelo sequestrador, sejam eles vistos pela família que busca a filha sequestrada. Vemos de perto o sumiço e a volta de Mia, mas, assim como sua mãe e Gabe, não sabemos o porquê dela ter esquecido do que viveu na cabana no meio da neve.

Com a narrativa estruturada desta forma, o suspense não fica em descobrir o que houve com a garota, onde ela estava e como viveu ali, mas sim o que aconteceu de tão traumático para ela esquecer tudo e, principalmente, quem foi que contratou o sequestrador. 

Devo confessar que não me identifiquei com nenhum personagem. Por mais que entenda a razão de todos, não consegui me sentir comovida para realmente me importar com o que estava acontecendo. A autora porém deu condições bem humanas para eles, só a moral que foi um tanto quanto duvidosa e me afastou bastante. De todos, o que menos gostei foi o detetive Gabe e toda vez que ele aparecia eu já revirava os olhos. Colin por sua vez, foi o personagem que mais me fez me envolver, mesmo sabendo que a autora queria criar essa nossa aproximação com uma pessoa que... Bem, é um sequestrador e o "vilão" da história. 

Para mim, o foco do livro não é no suspense, mesmo este sendo algo importantíssimo, mas sim a construção da relação entre os personagens e em seus desenvolvimentos, mostrando ao leitor que as pessoas não são totalmente más ou boas e que a classe social não define seu caráter. 

Gostei da ambientação em A Garota Perfeita, me senti aflita principalmente nas cenas em meio a cabana na neve. Como o enfoque na maior parte da obra não é nos lugares e sim nos sentimentos, a autora não se perde fazendo descrições tão demoradas que não acrescentam muito, ela apenas situa o leitor e passa para o que interessa. 

A linguagem é bem leve, fluída, daquele tipo de livro que você pode ler por horas sem se sentir cansado. O ritmo porém, para mim pelo menos, fica um tanto quanto quebrado, já que temos muitos narradores que estão cada qual em seu momento. Sei que isso foi proposital, para aumentar o suspense, mas algumas partes eu senti que poderiam ter sido resumidas ou retiradas, o que teria deixado tudo mais dinâmico. Mesmo assim, foi uma boa leitura. 

Contudo, está longe de ser um livro que entraria entre os melhores que já li do gênero. Não me senti tão presa quanto esperava e um thriller, não tinha aquele desejo por descobrir logo o que estava acontecendo o que estraga um pouco a experiência de leitura do gênero. 

O que falarei a seguir pode, ou não, ser spoiler: quem gosta de thrillers provavelmente já conhece Gone Girl, ou, aqui pros brasucas: Garota Exemplar. É pouco possível não comparar um título com o outro, já que são muito parecidos. Esta comparação, porém, estraga um pouco a leitura, já que fica com aquela pulga atrás da orelha se os finais serão parecidos ou não. E olha, eles são parecidos sim (claro, cada um com suas peculiaridades). 

Não recomendaria o livro para os loucos por thrillers, já que estes podem se decepcionar bastante com a leitura. Mas a história é agradável e gostei da escrita da autora, então, se quiserem um livro que seja divertido para passar suas horas, esse é um bom pedido. 

Sobre a edição: O livro tem páginas amareladas; a fonte e o espaçamento contribuem para uma boa leitura; a qualidade do exemplar em si é muito boa, a capa é bem flexível o que ajuda muito a manusear o livro; a diagramação é simples, mas organizada e que combina com a proposta do livro. 

Sobre a autora

Mary Kubica é formada em Artes, História e em Literatura Americana pela Miami University, de Oxford, Ohio. Enveredou-se pelo mundo da escrita em 2014, quando lançou A Garota Perfeita – um livro que rapidamente tornou-se um dos suspenses psicológicos mais vendidos dos Estados Unidos, juntamente com Garota Exemplar e A Garota do Trem. Atualmente, vive nos arredores de Chicago com seu marido e seus dois filhos, dedicando-se à literatura, à fotografia, jardinagem e a um abrigo para animais, onde é voluntária.


E vocês? Já conheciam a obra ou a autora? Já leram esse livro? Comentem aí embaixo! 
Beijinhos e nos vemos na próxima postagem!



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Resenha - Corações Marcados [+18]


Olá, pessoal! Como estão?

Lembram-se que fiquei de trazer as primeiras impressões de Corações Marcados? Como tive problemas ano passado e não consegui escrever a postagem, resolvi comprar o livro completo e já trazer toda minha opinião para vocês. Espero que gostem da postagem! 



Corações Marcados - Shirlei Ramos
Editora: Independente
Páginas: 449
Gênero: Romance
Nota: 3,5


Elena e Vítor cresceram em lares desestruturados. Quando se conheceram, foi como se seus corações marcados por traumas da infância se reconhecessem e se curassem.
No entanto, uma morte inesperada os abala profundamente e conduz Vítor de volta ao inferno do qual acreditou ter escapado. Mergulhado em sofrimento e culpa, ele rompe o namoro com Elena e muda-se para outra cidade.
Distantes um do outro, ambos conseguem reconstruir suas vidas e tornam-se bem-sucedidos profissionalmente – a despeito do muro que ergueram em volta de seus corações.
O que nenhum dos dois previu, porém, é que o destino os reuniria após sete anos e os faria se confrontar com sentimentos e segredos muito bem guardados.
Será o amor capaz de vencer a mágoa e a dor?

Em Corações Marcados somos apresentados a Elena e Vítor, um casal que teve uma história no passado, mas tiveram uma separação que não foi superada por nenhum dos dois. Anos mais tarde, Elena, em uma viagem de trabalho, se encontra com o ex e o amor volta a queimar com toda força em seu peito. 

O livro, como muitos do gênero, é narrado em primeira pessoa, ora por Elena, ora por Vítor. Desta forma, somos inseridos na cabeça dos dois, olhando com seus olhos para as situações e a pessoa a sua frente. Não existe aquela sensação do suspense para descobrir o que um pensa do outro, mas isso não torna a história menos interessante, já que não é bem sobre o reatar que o livro trata. 

Gostei de ler uma história onde os protagonistas vão direto ao ponto, não ficam naquela indecisão que dura centenas de páginas para um final esperado. Eles se reaproximam e então, a continuação da história passa a tratar do relacionamento dos dois e das lutas que terão que enfrentar juntos. 

Uma coisa que a princípio achei "estranha" foi a quantidade de pensamentos sobre sexo. Eu sei que é um hot, sei que faz parte do gênero, sei que o casal não se via a trocentos anos, mas mesmo assim me pareceu muito um pensamento de recém-namorados. Os protagonistas passam grande parte da história dizendo que apenas o seu par romântico o entende de verdade, que pode se abrir com ele, que aparentemente não era só aquela coisa carnal. E eu só consegui ver essa ligação entre eles mais para o final, o que não me deixou muito convencida desse relacionamento tão "profundo" de anos atrás. (O que no fundo não é um problema, já que ele segue bem o gênero que propôs, mas pra mim foi algo que incomodou um pouco)

Mas como disse, na segunda parte tempos esse aprofundamento na relação, onde vemos os dois lado a lado lutando com os demônios de seus passados e podendo contar um com o outro.

Os personagens são carismáticos, gostei como a Elena não é uma personagem tão comum de se encontrar em livros do gênero: ela é dona de si e forte, mas também tem todo o seu lado frágil, carente e hesitante, misturando em certos pontos até um pouco um ar infantil. 

Os demais personagens não apareceram tanto quanto eu gostaria, então não senti um desenvolvimento muito grande e linear por parte deles (claro que eles se desenvolvem, mas aos saltos para que o romance se desenvolva da forma esperada). 

Foi uma leitura gostosa, com cenas quentes para os mais interessados, focando bastante no crescimento de Elena e Vítor como casal mesmo. Ótimo para quem quer um romance com um pouquinho de drama, uma linguagem fluída e um final fofinho ❤



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Muito obrigada por terem lido mais uma resenha aqui! Espero que tenham gostado. Não deixem de comentar aqui embaixo o que acharam, se já conheciam o livro e a autora e se ficaram interessados em ler! 

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