Resenha - Lua Azul e a Terra Paralela


Olá, pessoal! Ultimamente não estou acertando um dia de postagens, não é? Desculpa a dificuldade de manter a agenda, mas não estou conseguindo me dedicar tanto à leitura e demoro muito para acabar qualquer uma. Mas aqui está a resenha de um infanto-juvenil de uma autora aqui da minha cidade que eu queria ler há algum tempo. Espero que gostem! 


Lua Azul e a Terra Paralela - Leca Haine
Editora: Lua Azul
Páginas: 189
Nota: 3,5


A história de uma menina chamada Zelda, que leva uma vida normal até começar a receber alguns bilhetes misteriosos na caixa dos correios. O primeiro dos bilhetes diz – entre outras coisas - que “ um sinal surgirá no céu e, na praça dessa cidade, lhe será descortinado o véu”.
Uma vez na praça da cidade, Zelda olha para o céu e vê a lua azul, iluminando tudo ao redor. Ao reparar mais adiante, vê uma chave dourada a qual ela toca e atravessa um portal, indo parar numa outra dimensão: a Terra Paralela. Tem início aí uma aventura cheia de emoção e ação a cada capítulo!

Zelda é uma adolescente comum que mora com o pai e a irmã mais nova. Sua mãe, pelo que acreditava, morreu em seu último parto, deixando o pai sozinho com as duas crianças. Apenas isso a diferenciava das outras crianças normais, porque ela passou a vida inteira não sendo mais do que isso. Até receber uma carta suspeita com uma estranha ameaça escrita em versos.

Nossa protagonista então vê tudo o que acreditava sobre o passado de sua mãe ser colocado em cheque e passa a investigar a fundo o significado dos bilhetes e sua ligação com a progenitora. Os bilhetes eventualmente a fazem chegar em um novo universo, Constantyna, na Terra Paralela.

Lua Azul e a Terra Paralela é um livro infanto-juvenil, narrado em terceira pessoa, com o ponto de vista focado na Zelda. A linguagem é bem condizente ao público alvo, descomplicada e fluída. A autora não se prende muito nas descrições, mas mesmo assim o universo ficou bem construído.

O livro tem uma continuação e eu achei que a autora não soube dividir muito bem a história, já que não senti que a obra é completa em si só e precisa sim continuar a leitura para se ter um final. A parte fantástica da história também aparece lá pela metade da obra, o que eu achei que aconteceria antes, mas o suspense que a autora cria foi capaz de me manter presa às páginas.

Os personagens não são tão aprofundados, com a exceção da Zelda. Só achei que não foi muito condizente a mudança dela quando chegou no mundo invertido (o que a autora tratou como brincadeira não compreendida, mas pelas características das personagens eu não acredito que ela deixaria quieto depois de ter magoado alguém).

A leitura é rápida e o livro é cheio de mistério, misturado ao clima fantástico. Bastante indicado para crianças (até o início da adolescência, acredito), que com certeza irão se divertir com a leitura.

Sobre a edição: A diagramação é simples, mas atende ao seu propósito. No início de cada capítulo há uma imagem igual a da capa, o que eu achei que deu um charme ao livro. O que me incomodou foram alguns problemas com pontuações (principalmente travessões), mas tirando isso, não tiveram muitos outros na revisão.



Espero que tenham gostado da resenha! Não deixem de comentar com o que acharam, curtir a página no facebook e compartilhar com os amigos.

Beijinhos e até!


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Resenha - Natasha


Olá, pessoal! Hoje venho trazer mais uma resenha de livro nacional. Este foi uma antiga indicação que sempre me deixou curiosa e agora finalmente posso dizer a vocês o que achei. Espero que gostem da resenha. 

Ah! Só lembrando que o blog tem um perfil no Instagram, se puderem, não deixem de seguir lá e indicá-lo aos amigos. 

Mas agora vamos ao que interessa:


Natasha - Flávia Andrade
Editora: Deuses
Páginas: 147
Nota: 3,5

Natasha sabia bem o que estava vivendo, ela reconhecia o ar ao seu redor, conhecia cada pétala de uma flor, não precisava consultar um calendário para ter certeza de que uma estação já se encerrava e outra iniciava. E assim ia mudando no ritmo da natureza, proporcionalmente. Em nosso último dia de primavera, eu lhe perguntei qual era a sua flor favorita. Natasha me respondeu que amava o jardim, o conjunto, a colocação de espécies uma rente à outra, aquilo que lhe fazia pulsar o coração. Seus sentimentos afloravam quando se guarnecia de cores. E foi então que compreendi porque todos os dias ela me pedia para levá-la na floricultura de minha mãe. Era lá que ela se renovava e por esse mesmo motivo que eu era capaz de ver seu sorriso reluzindo como se fosse um anjo. Natasha pertencia àquilo. 

O livro é narrado em primeira pessoa por Paulo (PJ), anos depois de sua juventude. No futuro, ele relembra a época em que conheceu Natasha, o amor de sua vida, e conta para o leitor as estações de seu relacionamento, ao mesmas estações de sua ex-namorada. 

Em pouco mais de 140 páginas, descobrimos como ambos se conheceram, vimos os altos e baixos e sua separação. A linguagem é bastante poética, o que torna a leitura menos fluida e rápida, mas é necessário para prestar atenção em todas as partes sem se perder nas digressões de PJ. 

Prefiro não falar muito sobre a história, já que ela não é totalmente linear, PJ conta muitas cenas esparsadas que descrevem a essência de sua musa inspiradora, que aos poucos vão mostrando as mudanças de Natasha (ou Fox, como PJ a chama). 

Os personagens me lembraram bastante as figurinhas que encontramos nos livros de João Verde John Green, aqueles jovens que sempre tem uma fala inteligente na ponta da língua e podem citar quatrocentos trechos de livros só para dizer que, sei lá, não está a fim de sair de casa. 

Achei bastante interessante a escrita da Flávia, é clara a inspiração que ela teve em clássicos da literatura romântica, o que tornou sua escrita algo poético, ao mesmo tempo que me fez detestar o PJ. 

Não que ele seja uma péssima pessoa, mas eu não sou muito romântica, e Paulo é tão o contrário de mim que seu sentimento chega quase a ser trágico. E o próprio personagem diz em alguma parte da história que muitos leitores não irão gostar dele por ser muito dramático e romântico, e, bem, eu não queria, mas me incluí nesse grupo. PJ é daquele tipo de pessoa que acha que só vai encontrar um amor em sua vida e irá morrer caso perca-o, ele idealiza demais Natasha, o que também estragou um pouco a personagem para mim. 

Mas claro, isso é uma opinião bem pessoal e com certeza muitos outros leitores irão gostar pelos motivos que me desagradaram. 

O livro é indicado para quem gosta desses personagens românticos e uma linguagem mais poética, não sei se quem não está acostumado com o estilo da escrita irá gostar, já que isso dificulta um pouco a fluidez da leitura, mas sempre é bom conhecer novos autores, não é mesmo? 

Sobre a edição: Eu particularmente não gosto muito das capas da Editora Deuses e essa achei uma das piores. No interior, a diagramação ficou boa, simples, mas que atende ao seu propósito. Que me lembro, não encontrei erros significativos na revisão. 


Sobre a autora

Flávia Andrade é sul mato grossense. Desde cedo teve a literatura como escapatória e seus primeiros rascunhos foram feitos em mesas escolares, em páginas de cadernos de matemática. Apaixonada por Machado de Assis, Charles Bukowski, MPB, fizeram dela um conjunto de todas as figuras de linguagem. Dando vida a personagens que têm sua essência, entretanto, outros nomes, histórias e amores.

Espero que tenham gostado da resenha! Não deixe de comentar aqui embaixo e compartilhar com os amigos. 

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Beijinhos e até!
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