Eu, Christiane F., Treze Anos, Drogada, Prostituída... - Kei Hermann & Horst Rieck
Editora: Best Seller
Páginas: 320
★★★★
Best seller ganha edição de bolso com texto integral. Os depoimentos foram colhidos no final dos anos 1970 pelos jornalistas Kai Hermann e Horst Rieck, que faziam uma reportagem sobre os jovens da Alemanha quando conheceram Christiane F., que testemunhava no julgamento de um traficante. Após meses de entrevistas, os dois escreveram este livro sobre juventude, drogas e prostituição.
O livro é uma não-ficção construída a partir de relatos de Christiane e pessoas que por alguma razão estavam ligadas à ela. Tudo começa quando Christiane se muda para Berlim, ela tenta de tudo se tornar popular, andar com os mais influentes e etc. E isso faz com que ela se afunde cada vez mais.
No início ela começa provando drogas mais leves, como cigarro, estimulantes e calmantes... Depois, como vai conhecendo novas pessoas e novos grupos, ela passa a usar drogas mais pesadas.
Christiane era uma criança influenciável, que apenas queria ser aceita e fazer amigos, porém, entrou em um mundo que achou ser sem saída.
A principio, os relatos não são tão impactantes. Apenas uma adolescente se envolvendo com drogas e tentando viver com todos os problemas que a cerca. Porém, assim como Christiane, vamos adentrando o mundo das drogas e da prostituição, dando de cara com situações cada vez piores, a morte de conhecidos, o reconhecimento de que chegou ao fundo do poço...
Eu diria que esse livro é no mínimo agoniante. Nós começamos a torcer para a personagem para acabar logo com tudo aquilo e dar um fim ao seu sofrimento e ao da família, mas, quando achamos que ela finalmente irá deixar a droga, ela volta e volta e volta. Se já não soubesse o final (obviamente) diria que a qualquer página iria ler um depoimento da mãe da garota, ou sei lá, de qualquer outra pessoa, dizendo que ela foi mais um dos nomes que apareceu no jornal.
O livro é intenso. Com momentos "felizes" e outros bastante tensos, que lhe fazem parar e pensar na vida de usuários. Vemos os dois lados, vemos que a droga propicia bons momentos, que a "viagem" pode ser boa e ruim. Mas será que compensa? Christiane achou que poderia parar a qualquer momento, que não estava viciada em heroína. Que poderia se picar mais uma vez e nada aconteceria, só teria aquela boa sensação novamente. Enquanto isso (eu pelo menos) ficamos sofrendo de frente para o livro.
Por mais que tenha sido uma leitura impactante, gostei bastante. Ainda mais porque li afim de pesquisa e não deixou a desejar em nenhum aspecto. Acho que é um livro importante para adolescentes principalmente, e para pais.
E você aí? Já leu? Se não me engano, tem um filme baseado na história de Christiane, ainda não tive oportunidade de ver, mas espero logo poder. Não deixe de comentar com sua opinião, - sobre o livro e a resenha. Espero lhe ver novamente ;)
Beijos e até!
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