Resenha - As Vantagens de Ser Invisível

As Vantagens de Ser Invisível - Stephen Chbosky
Editora: Rocco
Páginas: 224





Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, o livro reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta ao amigo nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tacteando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela. As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir "infinito" ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky capta com emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie endereçadas a um amigo que não se sabe se real ou imaginário. Íntimas, hilariantes, às vezes devastadoras, as cartas mostram um jovem em confronto com a sua própria história presente e futura, ora como um personagem invisível à espreita por trás das cortinas, ora como o protagonista que tem que assumir seu papel no palco da vida. Um jovem que não se sabe quem é ou onde mora. Mas que poderia ser qualquer um, em qualquer lugar do mundo.

As Vantagens de ser Invisível é um romance epistolar, tudo o que sabemos foi escrito por Charlie - um jovem de 15 anos - para um remetente sem nome. Pela narração leve e envolvente de Charlie, somos introduzidos ao seu mundo. Escola, família, amigos, drogas, sexo... Uma época de descoberta tanto para o protagonista quanto para qualquer adolescente. 

Desde o início percebemos que o autor das cartas não é tão igual aos outros adolescentes assim. Charlie é um garoto.. Digamos, ingênuo? Ele não vê maldade nas coisas como as outras pessoas e sua narração possui um ar infantil que apenas ajuda na construção do personagem. Muitos momentos trágicos em sua vida - que vamos descobrindo no decorrer das cartas - fizeram com que o personagem se transforma-se no que era, mas isso tudo só descobrimos quanto mais lemos. 

Charlie quer se enturmar, arrumar seu lugar no mundo, "participar". Depois do suicídio do amigo, ele se vê sozinho, encontrando novamente conforto perto de Sam e Patrick. Como o protagonista é bastante ingênuo e sempre quer que as pessoas ao seu lado estejam bem, ele tende a fazer o que os outros esperam que ele faça.

A princípio, senti que as atitudes do garoto, assim como sua linguagem não condiziam muito com sua idade. Porém, isso foi me agradando cada vez mais. Como eu disse, isso apenas ajudou a criar a imagem do personagem e mostrar que nem todo mundo é igual e nós não sabemos como cada pessoa pensa sobre o mundo que a envolve. 

Como Charlie apenas observar sua própria vida, os outros personagens se tornam de suma importância. São eles que "moldam" o comportamento do garoto, mesmo que muitas vezes sejam contrários a isso. 

O final do livro foi um baque (talvez nem tanto para quem tenha assistido ao filme). Mesmo que seja uma memória surgida "do nada",  isso não me afetou tanto, já que para todos da história também era uma surpresa (até mesmo para Charlie, que não se lembrava do ocorrido). Não acho que tudo tenha se resumido a esse fato do passado, mas com certeza ele foi bastante importante na vida do personagem.

Um livro que trata de temas sérios, com uma língua simples e bastante fluída, mas que consegue lhe tocas imensamente. Simplesmente amei o livro (por mais que eu goste de muitos livros, poucos chegam ao estado do "amor" e esse foi um deles).  

Super indicado a todo mundo. Espero que ele lhe toque da mesma forma que me tocou.


Então, meus amores, o que acharam? Já leram o livro? Pretendem ler? Gostaram da resenha? 
Não deixem de comentar a opinião de vocês :3 
Beijocas e até!

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