Resenha - Contos dos Irmãos Grimm


Desde que eu me entendo por gente sou apaixonada por Contos de Fadas. Os "originais", os fofinhos, as versões Disney, as versões "modernas". Praticamente todos me agradam e aprendo algo com todos eles. Como agora estou estudando o formato do conto - principalmente contos de fadas e contos do folclore - decidi finalmente terminar de ler "Contos dos Irmãos Grimm" e, além de entender um pouco da estrutura, me deliciar com esse universo mágico e medieval. Então aqui está um pouquinho do que achei. 


Contos Dos Irmãos Grimm - Organizado pela Dra. Clarissa Pinkola 

Editora: Rocco
Número de Páginas: 316

Contos dos Irmãos Grimm reúne histórias especialmente escolhidas e prefaciadas por Clarissa Pinkola Estés, e ilustrações do artista vitoriano Arthur Rackham, principal responsável pela concepção visual dos contos de fadas, tal como a conhecemos hoje. Esta combinação de talentos, junto com a seleção meticulosa, que inclui contos muito conhecidos pelo público brasileiro, como "Branca de Neve" e "Rapunzel", e histórias menos disseminadas como "As Três Línguas" e "A Árvore Narigueira", fazem deste Contos dos Irmãos Grimm uma edição em tudo especial.
Os irmãos Grimm eram linguistas alemãs que se ocuparam em juntar fábulas antes passadas de boca a boca. Suas versões não são as originais, já que muita coisa foi tanto atenuada ou simplesmente modificada - como eram contos populares, muitas vezes mudavam de região para região ou na hora de passar no boca a boca. Muitos contos presentes nessa edição são desconhecidos ou menos populares, mas com certeza representam bem a época de sua origem.

As histórias possuem uma linguagem simples e são bem fluídas, características de histórias infantis, mas se engana quem acha que aqui só teremos os contos de fadas bonitinhos e cheios de purpurina que nos contam desde nossas infâncias. Como a época era diferente, muita coisa para nós hoje em dia não tem mais sentido, assim como podemos estranhar a brutalidade com que os fatos são acarretados, então é preciso ter cuidado se for ler para crianças. 

Essa questão da época, para mim pelo menos, foi importantíssimo na hora de entender e até gostar de certos contos. Não que eu esperasse que todos fossem um Chapeuzinho Vermelho da vida, mas muitos eu me peguei encarando o ponto final tentando entender o que eles queriam passar com aquilo - mesmo na época deles. Pode ser que em alguns contos eles não quisessem passar nenhuma lição de moral? Pode. Pode ser que eu tenha que voltar no futuro - como diz a organizadora em seu prefácio - e tentar novamente? Pode. No momento só posso dizer que isso não me agradou tanto, e muitos contos me poderiam ter sido substituídos por outros que, na minha opinião, eram mais interessantes. Também sobre a época, podemos ver nos contos uma forma de passar a religião, além de ditar como todos devem se comportar e seu lugar na sociedade (principalmente as mulheres). 

Mas acho que apenas isso me incomodou verdadeiramente. A edição é linda, as ilustrações de Arthur Rackham são maravilhosas e eu gostei bastante da introdução da Clarissa. Acho que ao ler alguns contos deve se tomar um pouco de cuidado, até para si mesmo, para não se assustar com algumas situações que estão longe de ser aceitáveis em nossa sociedade (pelo menos para pessoas com suas faculdades mentais intactas). 


E você? O que acha dos contos dos Grimm? Qual o seu favorito e qual versão lhe conquista mais? Ah! não se esqueça de comentar com o que achou da resenha.

Obrigada por ler! Beijocas e até mais!

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