Parada perto da porta, os olhos inchados de chorar, mas disfarçados por detrás das mãos jovens. Sempre achei que seria mais doloroso para mim, mas esqueci que até os fortes choram. E ali estava ela, encarando-me suplicante, mas, ao mesmo tempo, feliz.
Havíamos conversado sobre aquilo. Sabíamos que era hora do adeus, que cada um seguiria seus sonhos. Que estávamos a passos do nosso futuro. Mas continuávamos sabendo que doeria o último abraço. Que doeria nos distanciar, quem sabe, para sempre.
Ela queria falar algo. Eu também. Nenhum de nós dois arrumou as palavras certas. Ou talvez não existissem palavras. Era aquilo. Nossos lábios se encontraram mais uma vez, dividindo saudade, felicidade e certeza. Envolvemo-nos em um abraço quente, duradouro, infinito.
Mas parece que até o que é infinito acaba. Ou talvez nem acabe, e a distância o deixe ainda maior. Quem sabe. Quem sabe. Só sei que, quando nos separamos finalmente e eu rumei para dentro do táxi, as coisas fizeram mais sentido.
Era aquilo! Era para ser. Cada um seguindo seus próprios passos. Seríamos felizes daquele jeito, enquanto nos amávamos pela distância. Talvez nem nos amassemos mais depois de um tempo. Não sei. Não sei. Só o futuro iria dizer.
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