97- Celebração


Nem parece que foi naqueles tempos, que de fato sentimos o tempo passar. As manhãs fizeram sentido. Os dias eram felizes quando descobrimos o que de fato era a felicidade. E a cada instante víamos o mundo se transformar. E sabíamos que era por nós que se transformava. A neve derretia vagarosamente e as flores cresciam na mesma progressão. Tudo era novo e antigo, misturando-se ao que nunca notamos. Criando nosso universo. E naqueles tempos, aprendemos a nos celebrar. Porque era a única coisa que nos importava. Sermos felizes. Sermos quem éramos. Sermos.  

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