Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas - Raphael Draccon
Editora: Leya
Número de Páginas: 440
★★
Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga. Essa influência e esse temor sobre a humanidade só têm fim quando Primo Branford, o filho de um moleiro, reúne o que são hoje os heróis mais conhecidos do mundo e lidera a histórica e violenta Caçada de Bruxas. Primo Branford é hoje o Rei de Arzallum, e por 20 anos saboreia, satisfeito, a Paz. Nos últimos anos, entretanto, coisas estranhas começam a acontecer... Uma menina vê a própria avó ser devorada por um lobo marcado com magia negra. Dois irmãos comem estilhaços de vidro como se fossem passas silvestres e bebem água barrenta como se fosse suco, envolvidos pela magia escura de uma antiga bruxa canibal. O navio do mercenário mais sanguinário do mundo, o mesmo que acreditavam já estar morto e esquecido, retorna dos mares com um obscuro e ainda pior sucessor. E duas sociedades criminosas entram em guerra, dando início a uma intriga que irá mexer em profundos e tristes mistérios da família real. E mudará o mundo.
Olha quem voltou aqui com mais uma resenha. Pois é, as férias terminaram e eu tenho que voltar ao trabalho.
Depois de muito pensar como resumiria essa história, eu decidi que não iria fazê-lo. Eu comecei a ler esse livro em 2011 e parei um pouco depois do início, porém, quando eu voltei agora a lê-lo, eu não tive como reler desde o comecinho - ainda bem, já que eu tinha a impressão que nunca acabaria. Então prefiro não resumi-lo mesmo.
Quando eu li o inicio tinha uns 16 anos e estava muito ansiosa por esse livros. Dois amigos meus tinham indicado e declarado que era um dos melhores livros que já tinham lido (pelo menos até a época). Minha prima também me indicou e a história parecia ser legal, então eu comprei.
No início, lembro eu, estava até legal. Eu amo contos de fadas e novas versões sempre me agradam, mas não foi isso que aconteceu com essa história. Na primeira vez, eu parei um pouco depois do primeiro ataque dos piratas e parei porque estava muito chato e cansativo.
Mas depois de tanto tempo, eu resolvi dar mais uma chance, já que eu não desisto de livros (nunca), e talvez pudesse ser apenas uma fase. Infelizmente, não era apenas uma fase.
Resumindo a ópera, eu não gostei da narração e descrição do Raphael. Achei muito repetitivo e cansativo. Eu sempre tento fazer um boa leitura de um livro quando, pelo menos, gosto da escrita do autor, mas esse foi maçante e eu devo confessar que pulei muitos parágrafos (e mesmo assim não perdi lá grande coisa da história). Ele repete tanto palavras quanto descrição dos personagens (então, o personagem pode aparecer mil vezes, mas ele vai falar a mesma coisa sobre ele as mil vezes até você já estar careca de saber).
Além disso, eu achei que a imagem do narrador não condizia muito com os personagens, já que ele os colocava basicamente no grupo do Bem e do Mal, como se os mocinhos fossem perfeitos e os vilões tivessem sempre motivos para serem vilões - assim como em contos de fadas, porém, achei que alguns personagens divergiram muito desse padrão e mesmo assim não havia uma mudança em suas características segundo o narrador (bem, eu pelo menos achei isso, principalmente com relação a família real).
Esses dois pontos foram os que mais me incomodaram, além de umas descrições um tanto quanto, ao meu ver, desnecessárias e demasiadamente longas.
Contudo, tem alguns pontos que gostei (depois de ler algumas resenhas e ver pessoas criticando isso, me deu vontade de comentar aqui). Eu gostei do narrador ser um bardo e usar muito da linguagem falada na narração (como se contasse de fato uma história para um ouvinte), achei que torno mais divertido ouvir de um contador de histórias - mas as repetições... Aish.
Outra coisa que eu vi muita gente reclamando e que eu não vejo porque, é a linguagem dos personagens. Eles são em sua maioria adolescentes ou jovens adultos e estão a todo tempo usando gírias e linguagem coloquial. Eu gostei muito porque ajuda a criar as características dos personagens (por mais que algumas gírias em alguns diálogos fossem desnecessárias também).
Depois de ler essas 440 páginas (ou quase isso) eu posso dizer que fiquei bem decepcionada. O autor até que teve uma boa ideia, mas no fim, ele não conseguiu desenvolve-la bem. Os personagens não são lá grande coisa, a descrição é cansativa, a narração é repetitiva, além de que tudo demorou muito para se desenrolar - mesmo muitos capítulos sendo cortados em partes importantes, não tive muita curiosidade ao final deles (é quase a mesma técnica do Dan Brown, mas não com o mesmo resultado, devo dizer).
E no fim eu fiquei feliz por ter acabado. O livro teve partes boas, diálogos bons, uma nova visão e construção dos personagens dos contos de fada, mas nada disso conseguiu me cativar. Infelizmente.
Espero que tenham gostado da resenha. E vocês? Gostaram do livro? Não gostaram? Discordam ou concordam com algo que eu disse? Comentem ai embaixo.
Beijos e até mais.
Oi Anna, tudo bom?!
ResponderExcluirGosto muito dessa capa, mas não sei se tenho vontade de ler essa série. Gostei muito da sua resenha, parabéns. Apesar de ser um gênero que eu goste muito, fico com um pé atrás ainda HAHAHAH.
Beijos, Rob
http://estantedarob.blogspot.com.br/
Eu estava com vontade por dois motivos: contos de fadas e indicações de amigos, mas tirando isso, acho que não teria me animado muito. Obrigada :D
ExcluirEu vi muita gente que gostou e muita que não, então acho que depende do gosto da pessoa hehe vai que você gosta :)
Beijos
Eu também não gostei desse livro, achei a narrativa muito pobre, cansativa e incoerente, enfim... mal escrito!! Eu até falei dele há algum tempo lá no blog. Achei que foi uma ideia boa, desperdiçada pelo mau desenvolvimento narrativo.
ResponderExcluirBeijos
blogfalandodelivros.blogspot.com.br