Resenha - Descoberta ao Amanhecer

Descoberta ao Amanhecer - Walter Veltroni
Editora: Escrituras
Número de páginas: 152



Giovanni Astengo tem um pouco mais de quarenta anos e trabalha no Arquivo do Estado, onde cataloga a vida cotidiana e, no entanto, extraordinária, que pessoas comuns registraram em seus diários. Tem uma mulher sempre ocupada com a carreira e dois filhos queridíssimos - Lorenzo, vinte anos, generoso e cheio de entusiasmo, e a adorável Stella, uma menina com Síndrome de Down. Do passado, traz uma ferida não cicatrizada - num domingo pela manhã, quando tinha treze anos, seu pai desapareceu para sempre, sem explicação. Numa manhã de agosto, uma manhã 'simples, banal, sem lampejos nem sentido', Giovanni sente-se impelido a voltar à casa de campo da família, lugar da felicidade perdida, abandonado havia décadas. Dentro da casa há um telefone antigo. Esse velho objeto esquecido se torna o instrumento pelo qual Giovanni consegue abrir uma passagem na barreira do tempo e lançar luz sobre o mistério que marcou sua vida. 'Descoberta ao amanhecer' narra a força e o suplício dos sentimentos. É uma sondagem imprevisível, uma viagem à trama dos nossos dias entrelaçada com as notícias que circulam nos jornais e na televisão - uma dolorosa imersão na sangrenta história dos 'anos de chumbo'. É também uma declaração de amor e de fé no poder único da literatura e da imaginação fantástica - o poder de desvelar o sentido oculto das coisas e de nos presentear com uma consolação impossível.

Eu sei que a sinopse foi bem grande, mas ela é um resumo muito bom de todo o início da história. O livro em si é bem paradinho, eu demorei um pouco para finalmente sair das primeiras páginas, mas quando o fiz, a história até que me interessou e eu acelerei na leitura.
Descoberta ao Amanhecer não foi o melhor livro que eu li, mas eu gostei muito.  Agora... por quê? A história (pelo menos para mim) não foi grande coisa, o protagonista passa o livro pensando sobre a sua vida, família e o caso de seu pai (o que eu acho que ele dá muito mais valor do que aos seus filhos e mulher...). O final eu já sabia bem antes de chegar nele (não me perguntem como, eu só já sabia *coisa de bruxa rsrs*).
Mas por que eu gostei então? Não é um livro feito para divertir, pelo menos não me "divertiu", mas me fez pensar muito. E foi isso que eu gostei. Eu gosto de histórias que me façam pensar, seja pensar em minha vida, no mundo em que vivo, nas pessoas, na História... Mas pensar. E esse livro me fez refletir muito.

Eu não o indicaria a muitas pessoas porque sei que nem todos irão lê-lo como li ou gostar com a mesma intensidade.
Se derem/deram uma chance ao livro, me digam o que acharam =)
Beijos e até.

"É um mundo sem boas notícias. E não acho que elas existam e alguém as esconda. Acho que já não somos capazes de dá-las a nós mesmos. Produzimos gadgets para nos consolar e nos apaixonamos por futilidades, enquanto as coisas que importam vão pelo ralo. Lá dentro, em meu quarto, tenho tudo o que me permite viver. E o que falta eu busco ao ar livre, nas pessoas que encontro, que aprendo a estimar ou a amar." (pp 75-76)

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