Eu escrevi esse texto para um dever na faculdade, espero que gostem.
O trânsito estava pesado. Chovia e era noite, tudo para dificultar
mais uma volta para casa. Alice espremia os olhos para tentar ver
melhor o que acontecia na rua. Segurava o volante do velho fiat com
extrema dedicação e cuidado. Sempre era cuidadosa e presava não só
pelo seu bem, mas pelo bem dos outros motoristas, pedestres e de seu
filho que dormia no banco de trás.
Notou que estava frio dentro do carro. Pegou o casaco que estava jogado sobre
o banco do carona e cobriu o filho o melhor que pode (sem tirar a mão
esquerda do volante nem os olhos da pista). Ligou o rádio em uma
estação de música popular e se deixou ficar pelas duas horas que
se seguiram.
Quando já estava perto da sua cidade seu coração começou a
palpitar. Era sempre assim, sempre. Todos os dias que chegava em casa
depois das oito ficava com medo de encontrar algum mau elemento (como
costumava chamá-los) na porta de casa. A verdade que a sua cidade
estava entre as cinco mais violentas da região e a criminalidade em
sua rua tinha aumentado consideravelmente desde que tinha se mudado.
Chegou na entrada da rua. A chuva já tinha cessado e Alice agora via
tudo a sua volta. Notou um movimento estranho perto de sua casa. Eram
duas pessoas. Estavam passando com um guarda-chuva e andavam de mãos
dadas.
“O que essas pessoas fazem aqui a essas horas?” Não entrou na
rua, preferiu seguir reto e descer até o próximo retorno. Queria
dar tempo para que o casal fosse embora. Não poderia arriscar, não
com seu filho no banco de trás.
Sua estratégia deu certo: quando voltou a rua estava deserta.
Entrou com o carro na garagem. Subiu com o filho e o deitou na cama.
Tomou um banho quente e foi assistir ao jornal com uma xícara de
chá-preto.
Olá!
ResponderExcluirAdorei seu texto, super bem escrito. Confesso que pensei que fosse ter um final trágico, rs.
Beijos <3
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