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Fingersmith




Oie, como estão? A resenha de hoje é de um livro que li junta com minha amiga. Um romance de época sáfico com muitas reviravoltas. Continue lendo para saber o que achei do livro ❤


Fingersmith - Sarah Waters
Páginas: 548
Nota: 4
London 1862. Sue Tinder, orphaned at birth, grows up among petty thieves — fingersmiths — under the rough but loving care of Mrs Sucksby and her 'family'. But from the moment Sue draws breath, her fate is linked to that of another orphan growing up in a gloomy mansion not many miles away.





Sue nasceu em Londres e foi criada por um casal de índole um tanto quanto questionável depois que sua mãe foi sentenciada à morte. Ela cresceu em meio a trapaças e ladrões, o único universo que conhecia até sair de casa para trabalhar em um maquiavélico plano arquitetado por um conhecido da família, Gentleman. Sua parte no plano era convencer a herdeira de uma grande fortuna, Maud, a se casar com Gentleman, então prenderiam a mulher em um sanatório e ficariam com a herança.

Maud vive uma realidade bem diferente da de Sue. Sua mãe morreu em um sanatório e ela foi criada pelo tio, que a vê apenas como uma secretária e ajudante. Maud cresceu em uma casa rica e é a única herdeira da fortuna do tio, mas não sabe se comportar como uma dama, já que nunca a ensinaram isso. Ela aceita a indicação de Gentleman para ter Sue como sua criada, mas algo na jovem faz Maud vê-la de forma diferente. 

Fingersmith foi uma leitura que fiz com minha amiga que é apaixonada por Sarah Waters. Eu havia assistido a “A Criada”, que é um filme coreano baseado no livro, e adorei, então estava ansiosa para a leitura.

A história é dividida em três partes, duas narradas pela Sue e uma pela Maud. As personagens são bem diferentes uma da outra, a forma como cresceram, como veem o mundo, e como narram a história. A autora soube construir muito bem as duas protagonistas e fazer o leitor torcer, mesmo que elas não merecessem tanto (ou merecessem…). Porém, apenas as protagonistas despertaram certo afeto em mim e talvez por isso tenha torcido mais por elas, já que os outros personagens são pessoas horríveis e eu espero que queimem no fogo do inferno.

Eu senti tanto com esse livro… Ri, fiquei triste, shippei… E, principalmente, passei raiva. A autora é ótima em criar plot-twist atrás de plot-twist e o leitor quando pensa que já sabe o que está acontecendo, leva um socão na cara e fica perdido de novo. Muitas emoções xD

Foi uma ótima leitura, com muitos altos e baixos, daquele tipo de livro que te prende e faz torcer para que as coisas acabem bem e que as personagens tenham um momento de paz. Adorei o casal e mesmo que ambas as personagens não sejam um poço de virtudes, elas foram boas companhias na leitura.

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Roleta Russa



Olá, pessoal! Como estão? Esse mês estou trazendo para vocês a resenha de Roleta Russa (ou Operação Red Sparrow), cujo filme saiu ano passado. É uma resenha curtinha, mas espero que gostem. Não deixem de me seguir lá no instagram, onde estou postando semanalmente. Agora vamos ao que importa: 


Roleta Russa - Jason Matthews
Editora: Arqueiro
Páginas: 432
Nota: 3,5



Desde pequena, o sonho de Dominika Egorova era fazer parte do Bolshoi, o balé mais importante da Rússia. Após ser vítima de uma sabotagem, porém, ela vê sua promissora carreira se encerrar de forma abrupta. Logo em seguida, mais um golpe: a morte inesperada do pai, seu melhor amigo.
Desnorteada, Dominika cede à pressão do tio, vice-diretor do serviço secreto da Rússia, o SVR, e entra para a organização. Pouco tempo depois, é mandada à Escola de Pardais, um instituto onde homens e mulheres aprendem técnicas de sedução para fins de espionagem.
Em seus primeiros meses como pardal, ela recebe uma importante missão: conquistar o americano Nathaniel Nash, um jovem agente da CIA, responsável por um dos mais influentes informantes russos que a agência já teve. O objetivo é fazê-lo revelar a identidade do traidor, que pertence ao alto escalão do SVR.
Logo Dominika e Nate entram num duelo de inteligência e táticas operacionais, apimentado pela atração irresistível que sentem um pelo outro.
Na Rússia atual, governada com mão de ferro por Vladimir Putin, a jovem e determinada Dominika Egorova cai nas garras do sistema logo após sofrer duas perdas brutais. Recrutada pelo SVR, ela se torna uma agente especializada em sedução de alvos e logo é designada a uma missão que será a grande chance de provar sua competência: descobrir o nome do funcionário do SVR que está repassando informações confidenciais da inteligência russa aos Estados Unidos.
A muitos quilômetros de distância, na Finlândia, Nathaniel Nash, um ambicioso espião norte-americano, tem a oportunidade de salvar sua carreira e sua reputação depois de protagonizar uma ação que por pouco não terminou em desastre. Agora ele precisa, a qualquer custo, proteger Marble, o ativo russo mais importante da CIA.
Quando suas respectivas missões fazem com que o caminho dos dois agentes se cruze, colocando-os em lados opostos, inicia-se um arriscado jogo de gato e rato, pontuado por elaborados esquemas de vigilância, técnicas de recrutamento e procedimentos de contra inteligência.
No momento em que um deles decide passar para o outro lado, colocando-se na perigosa posição de agente duplo, torna-se pivô de uma complexa operação capaz de pôr em risco não só a própria vida, mas a de todos a seu redor.

Dominika é uma ex-bailarina que, por “imposição” do tio, se torna uma agente da SVR. Entre missões não muito bem-sucedidas, ela se vê diante da tarefa de seguir e recrutar Nathaniel Nash, agente da CIA e o responsável por um dos mais importantes informantes russos. Dominika precisa recrutar Nate e fazê-lo contar a identidade do traidor. Porém, as ações dos próprios russos fazem a jovem mulher repensar sua posição dentro daquele jogo de manipulação e resolver tomar suas próprias decisões. 

Roleta Russa é o antigo título de Operação Red Sparrow, primeiro volume de uma trilogia. Temos como personagens principais Dominika e Nate, que vamos conhecendo aos poucos a cada página. O livro não foca no desenvolvimento das personagens, sendo que, para mim pelo menos, a figura mais bem desenvolvida é a própria Dominika. As outras possuem nuances, nada muito profundo, mas realizam bem seus trabalhos dentro da trama. 

A história foca bastante nas operações, no suspense e nos resultados. A linguagem e a ambientação fazem o leitor submergir na obra e se manter lá no fundo enquanto fica curioso para saber como as coisas irão se resolver e qual rumo cada personagem irá tomar. Narrado em terceira pessoa e com vários pontos de vista, passeamos entre países e vida de várias personagens em poucas páginas, deixando o texto mais dinâmico, ao mesmo tempo que consegue manter o suspense até meados do final.

É um livro divertido para passar o tempo, não uma leitura muito profunda, mas que vai ocupar bem suas horas. O final parece cortado, dando espaço para as duas continuações. Porém, no fim do livro, os protagonistas parecem perder um pouco suas vozes, sendo guiados por outras personagens até o desfecho. Apesar de tudo, foi uma boa leitura. 

O que mais me incomodou, foi a forte dualidade entre Rússia e Estados Unidos (compreensível, já que foi escrito por um ex-agente da CIA). O autor colocou muito os EUA em um pedestal, ao passo que torna a Rússia o pior dos piores países. Se você não se importa com isso, irá aproveitar a leitura mais do que eu. 

Sobre o filme: Ele tem coisas bem diferentes do livro e apesar de eu achar que algumas mudanças foram para melhor, não gostei do resultado final, principalmente no que tocou a sexualidade e comportamento da Dominika. 

E é isso. Não é uma leitura muito curtinha, mas é bastante interessante. Eu não leio muito sobre o tema, o que me deixou bastante contente com a forma que o autor o colocou, utilizando-se de termos, mas não de um jeito que deixou a leitura chata e enfadonha. 


Vocês já leram o livro? Já assistiram ao filme? Comentem aqui embaixo para eu saber! Não deixem de me seguir lá no insta para sempre terem novidades. 

Beijos e até!
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O Orfanato da Srta. Peregrine Para Crianças Peculiares



Oi, pessoal! 
Tem algum tempo que não posto aqui, não é mesmo? Estou dando preferência para postagens no instagram do blog (já que as resenhas lá são menores e mais rápidas de se postar). Mas irei aparecer por aqui volta e meia para deixar o blog atualizado. A resenha de hoje está no formato que estou usando no instagram também, desculpe a mudança. Espero que gostem. 



O Orfanato da Srta. Peregrine Para Crianças Peculiares - Ransom Riggs
Editora: Leya (versão antiga)
Páginas: 336
Nota: 3/5
Skoob


Jacob cresceu ouvindo as estranhas histórias do passado de seu avô. Este era seu grande herói e sua morte um tanto quanto esquisita coloca Jake de frente ao passado e seus traumatizantes pesadelos. 

Eu sou apaixonada por livros com escolas e orfanatos, então O Orfanato da Srta Pregrine Para Crianças Peculiares me interessou desde o primeiro momento. Eu assisti ao filme primeiro, então só depois de algum tempo que descobri porque tantas pessoas se incomodaram com a adaptação. 

No livro, somos apresentados a vários e vários personagens, crianças com suas peculiaridades e todo o universo criado pelo autor de fendas e etéreos. Temos personagens para todos os gostos e foi interessante imaginá-los com a ajuda das fotos que o próprio autor disponibilizou. Porém, achei que muitos poderiam ser melhor explorados. Não apenas os personagens, mas o próprio universo, já que quando temos uma explicação, ela fica muito corrida e um pouco jogada. 

O meu principal problema com o livro foi a forma como tudo correu no final, como se o autor não tivesse páginas suficientes para terminar o primeiro volume da mesma forma calma que começou (explicando as coisas e deixando claro porque cada cena estava ali). O final ficou em aberto, para ser continuado no exemplar dois, como se o livro se tratasse de uma parte 1 e não de um primeiro volume completo. 

Eu gostei muito da linguagem escolhida pelo autor. É uma linguagem mais jovem, que transformou o livro em algo mais cotidiano, apesar de tudo. Jake, o protagonista, foi meu personagem favorito (o que não está acontecendo com tanta frequência quanto eu queria *risos). Ele está longe de ser o herói perfeito e tudo isso se encaixou bem na proposta peculiar do livro. Porém, algumas situações não me convenceram muito, assim como o romance que estava surgindo. 

A leitura foi divertida, com suas diferenças do roteiro do filme. Eu gostei de ambos, cada um a sua forma. É um livro para jovens, que trata sobre diferenças, guerra e aventura. Logo irei ler o segundo
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Resenha - Filha da Ilusão


Olá, pessoal! Aqui estou eu trazendo para vocês mais uma resenha. Desta vez é do livro Filha da Ilusão. Eu fiquei interessada nele quando vi tantos leitores comentando no twitter sobre o lançamento (isso lá pra 2014). E agora que li, posso dizer para vocês o que achei. Espero que gostem da resenha!




Filha da Ilusão - Teri Brown
Editora: Valentina
Páginas: 288

Ilusionista talentosa, Anna é assistente de sua mãe, a famosa médium Marguerite Van Housen, em seus shows e sessões espíritas, transitando livremente pelo mundo clandestino dos mágicos e mentalistas da Nova York dos anos 1920. Como filha ilegítima de Harry Houdini - ou pelo menos, é o que Marguerite alega - os passes de mágica não representam um grande desafio para a garota de 16 anos: o truque mais difícil é esconder seus verdadeiros dons da mãe oportunista. Afinal, enquanto os poderes de Marguerite não passam de uma fraude, Anna consegue realmente se comunicar com os mortos, captar os sentimentos das pessoas e prever o futuro.
Porém, à medida que os poderes de Anna vão se intensificando, ela começa a experimentar visões apavorantes que a levam a explorar as habilidades por tanto tempo escondidas. E, quando um jovem enigmático chamado Cole se muda para o apartamento do andar de baixo, apresentando Anna a uma sociedade secreta que estuda pessoas com dons semelhantes aos seus, ela começa a se perguntar se há coisas mais importantes na vida do que guardar segredos. Mas em quem ela pode, de fato, confiar?
Teri Brown cria, neste fantástico romance histórico, um mundo onde pulsam a magia, a paixão e as tentações da Nova York de Era do Jazz - e as aventuras de uma jovem prestes a se tornar senhora do seu destino.

Anna acaba de se mudar para Nova York, mas, ao contrário do que a protagonista deseja, ela não é daquele tipo de pessoa comum que você encontra por ai. Marguerite Van Housen, sua mãe, é uma médium, e Anna, sua assistente.  Ambas trabalham entretendo os novaiorquinos e, clandestinamente, fazendo seções espíritas. Porém, Marguerite é apenas uma atriz, ou seja, não possui verdadeiramente os dons que gosta tanto de falar. Já Anna é apaixonada pela arte do ilusionismo e busca cada vez mais conseguir espaço no show, assim como aprender e melhorar seus truques. E quem dera se fosse só isso, ela também possuí verdadeiros dons que acredita terem sido herdados de seu suposto pai, Harry Houdini. 

A protagonista quer tanto viver uma vida normal, sem ter medo de ser presa - já que sua mãe já foi detida muitas vezes pelo seu emprego, mas também quer continuar fazendo o que gosta. Nessa nova fase de sua vida, as coisas parecem que finalmente estão dando certo e ela aos poucos vai se aderindo ao mundo dos jovens de Nova York, fazendo amizades, etc. Tudo poderia estar muito bem, mas ela começa a ter visões assustadoras sobre o futuro e aos poucos vai descobrindo que aparentemente não só ela tem aqueles dons.

Filha da Ilusão é literatura fantástica, mas ainda bastante preso à realidade. O livro demora um pouco para engranar, o que torna a leitura um pouco vagarosa no início, mas logo Anna se vê tomada por tantos mistérios e curiosidades que faz o leitor querer descobrir logo o que está acontecendo. 

Achei interessante o livro não apenas tratar de ilusionismo, mas também falar sobre as inseguranças de uma jovem adolescente. Claro, não é toda garota de 16 anos que fica por ai sentindo os sentimentos dos outros, conversando com fantasmas ou tendo visões do futuro, mas, mesmo assim, Anna não passa de uma adolescente de 16 como as outras.  

Outro ponto que gostei foi como os personagens foram colocados, como o livro é narrado em primeira pessoa e temos apenas o ponto de vista da protagonista, tudo o que sabemos dos outros é o que ela sabe, seja porque conviveu com eles, seja porque conseguiu sentir o mesmo que eles sentiam, seja porque descobriu algo, etc. Isso vai deixando a história ainda mais misteriosa e o leitor fica perdido igual a personagem, sem saber em quem acreditar. 

Falando por mim, acho que a autora fez um ótimo trabalho cuidando da ambientação e consegue de fato nos levar não só para a época, mas para o mundo dos ilusionistas e show business. 

Muitos dos mistérios são resolvidos no final, alguns leitores podem achar que de maneira até um pouco acelerada e não tão à altura de como a autora desenvolveu todo o resto do romance. Porém, para mim, eu senti como se estivesse realmente dentro de um show de mágica. Você vive toda aquela curiosidade e depois é surpreendido. Não senti necessidade de mais explicações para tudo o que aconteceu ou como a autora preferiu desenvolver os mistérios, achei que ficou bom como estava. 

Outra coisa que pode ser uma faca de dois gumes foi como ela decidiu deixar o livro. Filha da Ilusão é o primeiro livro de uma, acredito eu, trilogia, porém, por mais que a autora não tenha respondido a todas as inquietações da Anna até o final do livro, ele é completo por si só. Ou seja, não ficou nenhum grande arco que possa gerar uma continuação a partir. Ou seja/2, pode não gerar curiosidade para ler o restante da série, ou talvez você fique curioso(a) para saber como Teri irá continuar dali para frente. 

Mas foi um ótimo livro e acho que merece minhas 4 estrelinhas. 



Por hoje é só. Espero que tenham gostado da resenha. Já leu o livro? Pretende ler? Já conhecia? Não deixe de comentar ai embaixo :)

Beijocas e até!
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Resenha - O Livro das Princesas

Há pelo menos quatro livros na minha estante que li e ainda não resenhei. São os livros do final do ano, que eu deveria sim ter postado uma resenha aqui para vocês, mas nada no mundo me animou a sentar na frente do PC e escrever. Mas aqui estou eu, antes tarde do que nunca, para deixar minha opinião. O livro da vez é uma coletânea de contos baseados nas clássicas princesas infantis (sim, gente, mais um livro de contos de fadas, me deixem -.- hehe). Espero que gostem da resenha. Desculpe a falta de detalhes ou um maior aprofundamento, mas já faz algum tempo que li e não anotei muitos detalhes. 


O Livro das Princesas - Meg Cabot, Paula Pimenta, Lauren Kate e Patrícia Barboza
Editora: Galera Record
Páginas: 288

Os contos estão organizados na seguinte ordem: A Modelo e o Monstro, de Meg Cabot; Princesa Pop, de Paula Pimenta; Eclipse do Unicórnio, de Lauren Kate; Do Alto da Torre, de Patrícia Barboza. Respectivamente, são releituras das histórias A Bela e a Fera, Cinderela, A Bela Adormecida e Rapunzel. 
Não irei resumir conto por conto, já que, mesmo que muitas das histórias não sigam realmente a sequência de fatos dos clássicos, possuem muitas semelhanças com estes. Porém, tentarei dar minha opinião para cada, já que cada autora possui seu estilo e fizeram contos totalmente distintos uns dos outros. 

Primeiramente, é um livro infanto-juvenil. A linguagem de todas as autoras é bem leve, direta, divertida. Corresponde perfeitamente ao público ao qual é destinado. A leitura não é cansativa, mas ainda encontramos muitas semelhanças com a maioria das histórias escritas para esse público alvo. 

Dos quatro contos, gostei muito de um, mais ou menos de outro, e achei que muita coisa poderia melhorar nos outros dois. De um modo geral, não gostei das protagonistas. Talvez tenha sido pela forma como as autoras construíram essas personagens (principalmente nos contos narrados em primeira pessoa), colocando alguns pontinhos que simplesmente - na minha cabeça, pelo menos - deixavam-nas um tanto quanto divergentes do que queria de fato se passar (aquela coisa de "princesas" boazinha, diferente das demais, nada fúteis, etc, etc, mas que palavrinhas sutis podem levar toda essa construção por água a baixo). 

O conto que menos gostei foi o primeiro. Achei este muito corrido. Todos devem conhecer a história dA Bela e a Fera, e devem saber também que o romance dos dois leva tempo para se construir. Neste conto não. O final ficou tão corrido que parece que, ou não deram espaço suficiente para a autora escrever seu conto, ou ela que estava apressada para termina-lo de uma vez e pronto. 

Seguindo este na ordem dos que menos gostei, em segundo lugar fica o de Lauren Kate. Este é o que mais difere dos outros três, mas o que menos difere do original. É o único narrado em terceira pessoa, mistura fantasia à história de um adolescente de coração partido. A autora apenas repetiu o conto original - mudando alguns pontinhos como trocar a roca por chifre de unicórnio - e adicionou a história do "príncipe", um adolescente nos dias atuais. Achei que Lauren poderia ter trabalhado mais a história da princesa, tentando transformá-la em algo um tanto quanto original.

Agora os dois últimos contos. Ambos nacionais, foram os que mais me agradaram, mesmo que não tenham me conquistado totalmente. Primeiro o da Paula Pimenta. Cinderela é um conto muito cotado na hora de reescrever, devido principalmente às suas características que facilmente se adequam a qualquer época/lugar. Porém, mesmo assim, a autora conseguiu criar algo diferente (dentro do possível, claro). Este foi o maior dos contos e até se tornou um livro separado depois. Mas, para mim, todas as palavras colocadas na obra foram importantes para a construção das personagens e eu simplesmente não consegui gostar da protagonista.

Por último, o conto que mais gostei. Não conhecia a autora Patrícia Barboza e fiquei bem contente com seu conto. Este possui uma linguagem bem mais infantil do que os outros, tanto que até a protagonista é mais nova, e tem uma pegada meio Hannah Montana misturado com Katy Perry. A história é simples, mas de uma maneira bastante agradável. Os personagens poderiam ter sido melhor construídos e talvez por isso não tenha gostado 100%, mas ainda assim se tornou meu favorito no livro.

De modo geral, O Livro das Princesas é uma leitura leve e rápida, para quem gosta de princesas ou temáticas adolescentes. Eu esperava muito mais do livro, mas fiquei feliz por no final ter constatado que os melhores eram os nacionais. Em breve pretendo ler O Livro dos Vilões e, claro, deixar aqui minha opinião para vocês.
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Resenha - O Menino do Pijama Listrado


Acho que desde sempre queria comprar esse livro para ler, mas nunca aconteceu. Até que uma pessoa bastante especial me presenteou com ele e eu pude finalmente lê-lo. E aqui está o que eu achei da história. Espero que gostem da resenha!




O menino do pijama listrado - John Boyne
Editora: Seguinte
Páginas: 192

Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz idéia que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e a mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e para além dela centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com frio na barriga.
Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O menino do pijama listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.


Bruno sai de Berlim por conta do trabalho do pai e vai morar junto com a família em uma casa nova. O lugar não é nenhum pouco parecido com o que ele estava acostumado: a casa não é tão grande quanto a sua em Berlim e nem tão boa de se explorar, não havia crianças com quem brincar nem seus velhos amigos, e não havia todo o resto com o que ele se acostumou desde sempre. 

Pensando estar isolado do mundo (mas não dos soldados, colegas de trabalho do pai), Bruno descobre do lado de fora de sua janela uma cerca e dezenas de pessoas do outro lado. Em suas aventuras e investigações, eventualmente ele se aproxima desse misterioso lugar e conhece Shmuel, tornando-se logo amigo do garoto do outro lado da cerca. 

Ambos os meninos são muito parecidos e por isso Bruno não consegue entender bem como é e era a vida de seu mais novo amigo. Por mais que os dois tenham sido obrigados a se mudarem para um lugar horrível, Bruno continua morando em uma casa que comporta toda sua família, enquanto Shmuel teve que dividir um quarto com inúmeras pessoas... 

A ingenuidade das duas crianças somada à narrativa simples e de cunho infantil faz com que o leitor sinta desde o início que a leitura não será algo fácil, principalmente para quem entende o que tudo aquilo significa e em que cada posição está cada criança. O livro é narrado em terceira pessoa, sob o ponto de vista de Bruno. As descrições são feita sob a ótica de uma criança também e como tudo o que existia no lugar novo significava para o protagonista.

Os personagens, tirando Bruno e Shmuel, são colocados apenas para se ter uma noção do que era a Alemanha nazista. Havia aqueles que serviam de todo coração; aqueles que serviam apenas por não poderem dizer que não concordavam; aqueles que pouco entendiam o que estava acontecendo, mas que repetiam o que os adultos proferiam como verdades; e havia Bruno, que não entendia nem ao menos o porquê de haver uma cerca com tantas pessoas do outro lado. 

A ingenuidade da criança, ao meu ver, está longe de ser caracterizada como "burrice" como li em certas resenhas. Por mais que ele tivesse nove anos e vivesse na Alemanha nazista, Bruno não estava tão a par da situação de seu país. Os adultos falavam como ele deveria se comportar na frente de oficiais e etc, mas não o que tudo aquilo realmente significava. Então, para Bruno, os judeus não passam de outras pessoas comuns que se parecem com ele. E acho que esse é um ponto importante na história, já que, se para uma criança os judeus não passam de pessoas iguais aos alemãs, por que de estarem separados e servindo os alemãs? 

É um livro infanto-juvenil, mas que com toda certeza toca mais os adultos do que os jovens. O final é doloroso, o que lhe faz pensar ainda mais no significado de toda a obra. 
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Resenha - Quem é você, Alasca?


Depois de ler A Culpa é das Estrelas, resolvi me aventurar novamente pela mente de Jonh Green. Eu já sabia por alto do que se tratava a história, então preferi escolher ela em específico do que os outros YA do autor. Então, sente confortável ai e venha descobrir o que achei de Quem é Você, Alasca?! Espero que goste da resenha ;)


Quem é você, Alasca? - Jonh Green
Editora: WMF Martins Fontes
Páginas: 240

Quem é Você, Alasca? - Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras que, cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa, vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o "Grande Talvez". Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young, uma garota inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, que o levará para o seu labirinto e o catapultará em direção ao Grande Talvez.


Quem é você, Alasca? é narrado por Milles, um jovem que se muda para um colégio interno em busca de seu Grande Talvez. Ele estava cansado de sua vida sem aventuras em casa e acha que nesse lugar novo irá ter uma pista do que realmente quer. Na escola, ele faz novas amizades e conhece a garota Alasca - por quem se apaixona imediatamente. Com seus novos amigos, Milles (aka Gordo) se aventura no mundo de trotes escolares, cigarros, bebidas e filosofias. 

Devo concordar que Jonh Green nasceu para escrever para jovens. O livro é de fácil leitura, sem chegar a ter uma linguagem infantil ou bobinha. Porém, achei que a história foi um pouco arrastada, principalmente pela trama em si. O narrador passa o livro fazendo uma contagem regressiva, narrando os dias na escola e como ele e seus amigos se comportavam. Não há nada de mais, apenas os dias de um monte de adolescentes. Nada que realmente lhe instigue a continuar lendo para saber o que acontecerá (com a exceção da contagem regressiva, porque, pelo menos para mim, foi o que mais me deu vontade de descobrir do que se tratava). 

As personagens? Encontramos no livro o estilo favorito de Green: os adolescentes "nerds" que querem achar um sentido na vida e normalmente encontram isso nas amizades ou se comportando "livremente" (eu ia colocar vida loka, mas deixa quieto) e se entregando a algo que antes era impedido pelo medo (ou qualquer outra coisa). Além disso, a personagem tem que ser problemático. E depois de ler você deve ficar se pensando, o que o Milles tem de problemático? Bem, eu achei ele bastante obsessivo pela jovem Alasca, e você pode entender melhor isso depois da segunda parte.

E nem preciso falar sobre o comportamento de Alasca, não é? Sempre uma dualidade, às vezes a Alasca que todos amavam, às vezes a Alasca que todos odiavam. Além disso, ela é sempre uma incógnita. Eles não sabem muito sobre ela, não sabem seus porquês, suas motivações... O que mais gostei da personagem é que ela é quem ela quer ser. Por mais que seu passado tenha vincado sua alma, aquilo só a fez ter certeza que tem que tentar fazer o que acha ser certo e ajudar os outros, mesmo que tenha medo algumas vezes. 

As outra personagens, por mais que sejam importantes, para mim, estavam lá apenas para, como eu disse, fazer o protagonista encontrar nas amizades o que buscava na vida e etc etc.

O livro é dividido em duas parte: o antes e o depois. Quando terminamos a primeira, entendemos o porque da contagem regressiva e alcançamos o clímax da história. Porém, imediatamente depois de nos surpreendermos com o acontecido, a conclusão volta a se passar de forma arrastada, fazendo com que a emoção do clímax se perca ali no meio das últimas partes. 

Mas eu acho que foi exatamente isso que o autor queria fazer. Na história inteira somos sutilmente bombardeados por questionamentos sobre a vida e a morte. Sobre como as coisas são frágeis e que um dia tudo irá terminar (ou não). No meu ponto de vista, João Verde quis mostrar realmente a efemeridade, e você não precisa de uma aventura enorme para isso, a vida comum já basta.

Enfim, Quem é você, Alasca? não é um livro ruim, porém, não me alcançou como deve ter alcançado a tantos leitores. É uma história que mistura drama e o cômico (como Jonh Green adora fazer) e que lhe faz rir em alguns momentos e se sentir reflexivos em outro. Mas essa narrativa arrastada em uma história sem muitos altos e baixos pode ter me feito achá-la apenas bom. Porém, vou ler outros livros do autor (vamos ver se ele vai me convencer nos próximos livros a dar mais de 3 estrelinhas).
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