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Permaneceriam


Olhos baços

Dedos enlaçados
Sorrisos cansados

Aquele sentimento
Tão canhestro
Tão profundo
Tão puro

Nada o que prometer
Apenas a sublime certeza
De que tudo
Aconteceria
E eles?
Um ao lado do outro
Permaneceriam.
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Todo o amor que pudesse dar



O peito arfante
Traçando 
Delicadas curvas
Em pleno 
cálido - calmo
Ar

O peito arfante
Ansiando
Sob o doce ritmo
Todo o amor
Que pudesse dar.
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Me Culpei


Passo a mão pelo travesseiro 
Abandonado
Ao meu lado na cama

Eu já me culpei por estar só
Bem ali
Em pleno quarto 
Já me culpei por sofrer em silêncio
Por alguém que não voltará
Já me culpei por chorar
Pelo passado
E esquecer o presente
Por não ter dado um jeito
De fazer tudo dar certo
De impedir você de partir

Passo a mão pelo travesseiro 
Sabendo que nada acalentaria
Meu coração
Dolorido
Solitário
Abandonado
Sabendo que seu cheiro ali
Era a última e única coisa
Que eu teria de você

Passo a mão pelo travesseiro
E adormeço 
Entregue a minha dor
Entregue a minhas lágrimas
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Poema - Baile de Máscaras


O que é a vida, senão um baile de máscaras, com uma valsa contagiante, com passos ritmados, com segredos...? Cada pessoa escolhe a máscara que quer usar. Todos dançam no ritmo. Alguns erros acontecem no decorrer, mas nada tão relevantes para atrasar a valsa da vida.


Um passo...
Outro passo...
A deliciosa valsa.
Máscaras,
Sussurros,
Segredos.
Nem realidade,
Nem mentira.
Pessoas...
Mais pessoas.
Passos...
Mais passos.
A dança.

A vida.



~Cartaen

(imagem)
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Velha e Vazia



Não tinha ninguém na sala.
Acho que nunca teve alguém.
Era sempre o mesmo vazio.

E o que aquele vazio significava para mim àquela manhã,
Nem minha mente poderia descrever.
Poderia estar feliz por finalmente ter dado fim
A toda confusão que um dia chamei de vida.

Mas não estava.

Não pense que eu esteja morta,
Acho que nunca vivi,
De modo que não podia aceitar a morte
Como qualquer outra pessoa.

E por mais que tudo tivesse acabado há algumas horas
E a velha sala permanecesse velha e vazia
Eu não estava feliz por também me sentir velha e vazia.

Não tinha ninguém para agarrar minhas mãos.

Para aliviar a solidão.

E sempre fora assim, só que eu nunca quis ver.
Nunca teve ninguém na velha sala.
Nunca teve alguém segurando minhas velhas mãos.

E mesmo quando tudo acabou, lá estava eu,

Sozinha.

Eu já deveria ter me acostumado àquilo.
Ter me acostumado que era só eu.
Que ninguém se importaria.

Que nunca teve alguém.
~Cartaen
(Imagem)
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